Muxila de Palmares

A maior referência africana das Américas

Por mais de um século, o Quilombo dos Palmares foi o maior centro de resistência negra no Brasil Colonial. Um símbolo da luta pela liberdade, um espaço de acolhimento aos que se libertavam da escravidão. Tornou-se o berço de inúmeras manifestações, que hoje caracterizam a nossa cultura.

Aqui, os africanos reproduziram e adaptaram seus usos e costumes. Construíram a identidade brasileira. Legaram aos descendentes danças, culinária e artesanato, além de experiências, práticas, valores morais e preceitos religiosos.

Fundado em 1590, Palmares se transformou em um estado autônomo. Tendo abrigado mais de 20 mil pessoas, resistiu por quase cem anos aos ataques holandeses, luso-brasileiros e de bandeirantes paulistas. Em 1696. foi totalmente destruído, um ano depois que Zumbi, seu líder, foi assassinado por Domingos Jorge Velho, bandeirante contratado com a incumbência de sufocar a todos que constituíam o Quilombo.

Localizado na Serra da Barriga, no município de União dos Palmares, em Alagoas, o Parque Memorial Quilombo dos Palmares foi criado, em 2007, em área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 1985. Um dos principais pontos da história da resistência negra, imortalizado como símbolo da luta pela liberdade, foi o território que abrigou o maior quilombo já implantado nas Américas, o Quilombo dos Palmares.

A magnitude desse espaço, transformou-o em Patrimônio Cultural do Mercosul no ano de 2017 contribuindo para o reconhecimento internacional, quando em 2019 recebeu visitantes de 30 países do mundo.

Momento único para conhecer o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, espaço que resgata a memória de negros e nativos que lutaram durante séculos por igualdade e liberdade social.